quinta-feira, julho 05, 2007

Instantâneos de Parati



Autores estrangeiros arriscam-se no samba

Convidados da Flip, o norte-americano Lawrence Wright, o israelita Amós Oz, o serra-leonês Ishmael Beah e a egípcia Ahdaf Soueif aproveitaram a noite de ontem para, já no Rio de Janeiro, conhecer uma autêntica casa de samba na Lapa. Wright e Oz chegaram ao Carioca da Gema acompanhados por seu editor, Luis Schwarcz, da Companhia das Letras, e Beah e Soueif por Paulo Roberto Pires, da Ediouro.

Enquanto Oz preferiu não se arriscar na pista, Wright - que ganhou um Pulitzer este ano com seu O vulto das torres: a Al-Qaeda e o caminho até o 11/9 -, como sambista, provou ser ótimo escritor. Não foi por falta de esforço: sacudiu-se à beça - mas não apresentou nada remotamente parecido com ritmo. A voz do cantor Richa, que faz lotar o Carioca da Gema às segundas-feiras com um show em que apresenta clássicos do samba e de sambas-enredo de todos os tempos, também fez Ahdaf Soueif se soltar. Sorridente, ensaiou passinhos miúdos (com sandálias douradas) e posou para fotos ao lado de Beah e de seu editor.

Ishmael Beah, que durante o dia havia visitado a sede do grupo Nós do Morro, na favela do Vidigal, sentia-se alguns passo à frente dos colegas estrangeiros que tentavam acompanhar o batuque: "Esse ritmo vem da África!," reivindicava, rindo. As caipirinhas cooperavam com a desenvoltura. "Vi alguns garotos sambando e jogando capoeira hoje à tarde, talvez eu consiga...". Bom, valeu a intenção.

[postado por Cecilia Giannetti, às 12:50. 03.07.07]

Nenhum comentário: