Estes poemas são meus. É minha terra
e é ainda mais do que ela. É qualquer homem
ao meio-dia em qualquer praça.
e é ainda mais do que ela. É qualquer homem
ao meio-dia em qualquer praça.
Sou um homem livre
nas levo uma coisa.
Não sei o que seja.
Eu não a escolhi.
Jamais a fitei.
Mas levo uma coisa.
Não estou vazio,
não estou sozinho,
pois anda comigo
algo indescritível.
nas levo uma coisa.
Não sei o que seja.
Eu não a escolhi.
Jamais a fitei.
Mas levo uma coisa.
Não estou vazio,
não estou sozinho,
pois anda comigo
algo indescritível.
É talvez um erro amarmos assim nossos parentes.
A identidade do sangue age como cadeia,
fora melhor rompê-la.
Quisera abandonar-te, negar-te, fugir-te,
mas curioso:
já não estás, e te sinto,
E tanto me falas, e te converso.
E tanto nos entendemos, no escuro,
no pó, no sono.
A identidade do sangue age como cadeia,
fora melhor rompê-la.
Quisera abandonar-te, negar-te, fugir-te,
mas curioso:
já não estás, e te sinto,
E tanto me falas, e te converso.
E tanto nos entendemos, no escuro,
no pó, no sono.
Meu Deus, serei o meu primo,
e a mesma coisa sentimos
como se a sentisse o outro?
e a mesma coisa sentimos
como se a sentisse o outro?
No escuro em que fazes anos,
no escuro,
é permitido sorrir.
A família mineira
olha para dentro.
olha para dentro.
Sou apenas um homem.
Um homem pequenino à beira de um rio.
Vejo as águas que passam e não as compreendo.
Uma rua começa em Itabira, que vai dar no meu coração.
Nessa rua passam meus pais, meus tios, a preta que me criou.
Um homem pequenino à beira de um rio.
Vejo as águas que passam e não as compreendo.
Uma rua começa em Itabira, que vai dar no meu coração.
Nessa rua passam meus pais, meus tios, a preta que me criou.
Sou apenas uma rua
na cidadezinha de Minas,
humilde caminho da América.
Sou apenas o sorriso
na face de um homem calado.
(Várias estre-linhas de Drummond)
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