terça-feira, junho 26, 2007


"um susto que adquiriu compreensão".
(Hilda Hilst)

"Minha linguagem é inovadora sim, e essencialmente poética. Não obedece a convenções gramaticais, tem outro ritmo porque não pensamos nem sentimos de forma simplizinha, organizada ou linear. Sei que não escrevo do jeito que a grande maioria dos leitores está acostumado a ler. A forma é inovadora, mas não incompreensível, dizer que sou incompreensível é bobagem. Eu escrevo em português. Tem um amigo meu, o Edson, que recomenda que eu seja lida em voz alta. A linguagem, para mim, é o que justifica você contar alguma coisa, porque as histórias, há milênios, são sempre as mesmas. O homem não mudou, nossos questionamentos e pavores são os mesmos, não modificamos nenhuma das nossas realidades essenciais, nossas emoções, ainda nascemos e morremos como desde sempre, apesar da luta dos cientistas e dos místicos para alterar isso".

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